quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Sem Titulo

Sinto uma angústia imensa
nesses dias frios...cinzentos,
quando apenas o barulho da chuva
rompe o silêncio;

nesses dias em que a paisagem
perde suas cores, sua graça
e até mesmo os pássaros calam
seus cantos de alegria...

Sinto uma angústia imensa
nesses dias frios...cinzentos...


Quando a natureza é coberta
por um véu de tristeza
e minh'alma abatida


sente o frio da solidão...

• Poema: Regina Azenha - Fotográfia: Jenny Woods

domingo, 18 de maio de 2014

Skylar Grey - Invisible

Existem musicas que ao escutarmos, de algum modo inexplicável nos toca, seja pela letra, pela emoção exposta no timbre do cantor ou pelas notas sensíveis tocadas. 

Eu costumava escutar na época em que foi lançada (á uns dois anos atrás), a canção Invisible, dignamente cantada por Skylar Gray, e a admirava mesmo não entendendo exatamente o que ela queria dizer mas, hoje estando mais entregue a sentimentos depressores não só acredito compreender, como faço minhas ás palavras usadas na melodia. 


Texto: ADM Hotel Modorra

Skylar Grey - Invisible - legendado from Kauê Buchannan on Vimeo.

domingo, 11 de maio de 2014

Reflexo

Mergulhei 
no rio da vida
me afoguei 
e não sei 
se sou o rio 
ou a imagem 
refletida 
na paisagem


Poema: José Carlos Brandão - Fotografia: Osman Balkan


Significado: Modorra

O Hotel Modorra leva este nome que se deriva de letargia, um estado de dormência, atualmente mais comum como um dos efeitos colaterais da abstinência do uso de heroína. Também podemos mais facilmente definir este titulo como um estado de coma, mas diferente, pois pode atacar a qualquer um. 
Antigamente, os castigados com esse distúrbio eram comum serem enterrados vivos, pois se acreditava que estavam mortos, uma vez que, seus copos estavam moles e os batimentos cardíacos desacelerados a ponto de nem mesmo serem identificados pelo estetoscópio da época. Tão desesperador e incapacidade 'Fato', que essas vitimas só eram mesmo descobertas no dia da exumação de seus corpos (ai sim, já sem um fio de vida), que eram encontrados revirados e em caixões arranhados, condenando aí, o obituário correto de uma vitima fatal do estado que nomeia nosso hotel: Modorra. 
Parece terrível não é? Mas ainda pode ser pior, pois existem casos de letargia lúcida, que lhe permite ouvir, sentir e até ver (se estiver de olhos abertos) tudo que esta acontecendo a sua volta, enquanto você esta em coma.


Fotografia: Chris Bucher

domingo, 4 de maio de 2014

O Menino e o Mundo - Alê Abreu

O Menino e o Mundo. um longa-mentragem intenso e profundo como o titulo Mundo, e simples mas complexo como o personagem de um humilde Menino. 
Esta brilhante obra cinematográfica pode até encantar o publico infantil (certamente que encanta), mas com o publico adulto ele se lança inimaginavelmente alem, destruindo idéias de conforto e despertando olhares, almas e mentes a ver um planeta sem ficção. Assim sinto imagino ser convidado pelo diretor do longa a ingressar à um mundo verdadeiramente real, mas a enxergar por outra prisma, talvez ver aos olhos de uma criança uma terra desconhecida e imperfeita que é onde sobrevivemos. Onde pessoas são confundidas com maquinas e maquinas confundidas com gigantescas criaturas.
O Menino e o Mundo é a segunda obra da Filme de Papel e também dirigido por Alê Abreu. Mesmo diretor de O Garoto Cósmico que ainda não assisti. Alem de um conto de encantar mesmo o publico mais critico. Concorrendo e ganhando diversos prêmios em importantes festivais de todo o mundo. Este longa multiplicamente nos fascina com sua inusitada produção, basicamente feita com desenhos a lápis de cor, giz de cera, colagens e pinturas em aquarela. Toda essa delicadeza para narrar a história de um garotinho, que deixar a aldeia onde vive para ir à cidade em busca do pai que para lá partiu, (supostamente) para oportunidades melhores. 
Repleto de encontros e desencontros, esta animação intensamente critica/política em minha particular opinião, trata-se também de esperança onde uma sociedade pode até admitir perder sua alma, mas jamais sua fé. 

Embora o garoto seja chamado de Cuca pela equipe que o criou. Prefiro imagina-lo sem nome, ou talvez com o meu ou o seu nome, pois todos ao acompanhar essa dramática história, de certo modo nos identificamos com o personagem, pois em algum momento nos pegamos deslumbrados ao conhecer o desconhecido, que transforma mesmo o que é triste em poesia, e induzindo nos a se perder em um enigmático mundo onde a viagem pode não ter volta, onde sua única companhia é aquela que a sua mente lhe da para conversar, causando um conflito psíquico irreversível. Sem intendermos realmente como isso termina e se de fato termina essa jornada de um menino como eu, como você, anônimo.
Texto: ADM Hotel Modorra - Imagem: O Menino e o Mundo

terça-feira, 8 de abril de 2014

Desejo de Fuga

Eu grito silenciosamente por socorro para não ser ouvido. 
Se neste instante aqui eu tivesse um vidro,  
Cuja embalagem tarja preta, seu conteúdo todo eu já teria engolido.

 Um constante desejo de fuga consome meu coração. 
Invadindo minha mente e lentamente tomando minha alma. 
Eu busco fugir desta sensação, 
 Mas a realidade é pior, apenas resquícios de vida, 
Lançadas como migalhas ao chão, 
Tornando impossível do meu maior desejo uma interseção.


Poema: Jean-Rio Sant - Fotografia: Osman Balkan

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Amatrix

Ninguém me vê de verdade 
Ninguém vê a verdade 
De um coração que chora sem ser consolado 
De uma alma doente que não consegue ser curada 
De um interior que grita sem ser escutado 
De um espírito perdido sem ser achado 
De um sonho partido sem ser colado 
De um garoto vulnerável Perdido 
Desesperado 
Derrotado 
Que esta preste a ser aniquilado 
Pela verdade da verdade de uma verdade que ninguém quer ver 
A verdade que ele próprio fingia não ver.


Poema: Jean-Rio Sant - Fotografia: Osman Balkan